Alimentos orgânicos – mais que comida

horta-organicaProdução certificada

A produção orgânica se baseia em princípios agroecológicos e no manejo sustentável dos sistemas de produção, não sendo permitido o uso de agrotóxicos, adubos químicos e transgênicos, por exemplo.

A produção e comercialização dos produtos orgânicos no Brasil foram aprovadas pela Lei 10.831, de 23 de dezembro de 2003. Mas sua aplicação começou em 2011, quando o uso do selo do Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade Orgânica passou a ser exigido nos produtos embalados à venda no comércio. A exceção vem para alimentos comercializados diretamente ao consumidor por agricultores familiares que participam de organizações de controle social cadastradas no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Neste caso, o consumidor pode pedir ao produtor a apresentação da declaração de produtor orgânico.

Atualmente, o Brasil conta com 13.644 unidades de produção cadastradas.

 

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Escolas adotam hortas orgânicas para alunos aprenderem como produzir alimento saudável

Desenvolvimento social

Anualmente acontece (desde 2005) a Semana dos Alimentos Orgânicos, coordenada pela Coordenação de Agroecologia do Mapa, em parceria com os Ministérios do Meio Ambiente; da Saúde; da Ciência, Tecnologia e Inovação; do Desenvolvimento Agrário; do Desenvolvimento Social e Combate à Fome; da Educação; da Fazenda; da Secretaria de Governo da Presidência da República.

Nos estados, a coordenação é feita pelas Comissões de Produção Orgânica, com a participação de organizações governamentais e não-governamentais. O evento é realizado em 23 estados e no Distrito Federal, com o objetivo de aumentar o diálogo com o consumidor para mostrar como é a produção orgânica, os benefícios sociais, ambientais e para a saúde, além de ajudar a fortalecer o mercado interno.

Durante a campanha são realizadas atividades em todo o Brasil como seminários, oficinas, cursos, estandes de degustação de produtos orgânicos, além de programação cultural voltadas para a sensibilização e esclarecimento sobre os princípios agroecológicos que fundamentam a produção orgânica. 

Curso de capacitação do produtor rural para cultivo de horta orgânica

Curso de capacitação do produtor rural para cultivo de horta orgânica

Mercado de trabalho inclusivo

O Mapa também apoia à implantação de NÚCLEOS DE ESTUDO EM AGROECOLOGIA em unidades de educação superior e profissional. O objetivo aqui é contribuir para fortalecer e ampliar o ensino, a pesquisa e a extensão em agroecologia e produção orgânica.

Os núcleos são formados pela comunidade escolar (educadores, educandos, pais, funcionários) com o envolvimento de entidades parceiras da pesquisa, ensino ou extensão e devem promover o desenvolvimento de atividades pedagógicas e comunitárias fundamentadas nos princípios da agroecologia e nas práticas da produção orgânica.

Assim, essa iniciativa tem contribuído para formação de profissionais, realização de pesquisas, promoção de eventos, elaboração e divulgação de materiais didáticos e técnicos e interação com as comunidades rurais visando a construção e socialização do conhecimento e das tecnologias relacionadas à produção orgânica e de base agroecológica.

Fontes: [ agricultura.gov.br ][

 

Crudivorismo como filosofia alimentar

Para os crudívoros, a apreciação do alimento cru é um estilo de vida. Essa filosofia alimentar acredita que é muito saudável comer verduras, frutas, raízes, legumes, castanhas, sementes e grãos ao natural ou cozidos até 45° C, pois dessa forma as enzimas que levam os nutrientes às células do corpo humano não são perdidas. A ação de refogar no forno ou no fogão é esquecida.

Crudivorismo é um estilo de vida a base de alimentos biogênicos, bioativos crus – chegando a serem chamados de alimentos vivos. Não é uma dieta e nem uma terapia para tratamento de doenças, é um estilo de vida saudável que promove mudanças no ambiente do nosso corpo para que a saúde se estabeleça.

crudivorismo-saladaA alimentação crudívora não se baseia só em saladas e sucos. A combinação de alimentos pode gerar receitas deliciosas, como “macarrão” de abobrinha e “arroz” de couve-flor. Gustavo Geraissati, chef do restaurante Mangalô (SP) recomenda caprichar nos temperos e molhos: “Inclua orégano ou faça um molho de capim-santo com aspargos ao azeite e limão, fica ótimo!”.

E nada de descuidar da higienização de cada item. Fábio Bicalho, nutricionista clínico e funcional, aconselha verificar se a comida foi refrigerada corretamente e atentar-se para a lavagem. “Lave em água corrente e mergulhe por 20 minutos em uma solução de 1 litro de água com uma colher (sopa) de água sanitária”.

crudivorismo-vegetais-e-suas-cores-pngPrós e contras

A adoção de uma dieta restrita ao cru mantém nos alimentos uma série de vitaminas e fitonutrientes que previnem doenças crônicas e podem melhorar a função celular. Outro ponto positivo é a clorofila, que gera oxigenação celular e ainda ajuda no processo de equilíbrio ácido do corpo. Tudo isso contribui para um melhor funcionamento físico, pois gera mais energia.

A nutricionista Isabella Duarte, especialista em dietas vegetarianas e veganas,  faz uma ressalva: a digestão pode se tornar um problema. No crudivorismo é comum consumir sementes germinadas de feijão, lentilha e grão de bico, que não têm boa digestibilidade. “Quando cozidos, o corpo digere bem melhor esses alimentos específicos”, explica Isabella.

Teorias como a Terapia de Gerson, levanta estudos sobre enzimas e digestão, buscando entender os benefícios e os problemas desse hábito alimentar. Essa terapia, por exemplo, propõe o tratamento do câncer por mecanismos de cura do nosso próprio corpo, estimulados pelas enzimas de alimentos.

Nessa teoria e na proposta do médico Edward Howell, um dos principais pesquisadores de enzimas, afirma-se que a falta dessas enzimas na comida cozida é ainda uma das maiores razões do envelhecimento e morte precoce.

capa-livro-saude-frugal-eduardo-corassaInteressou sobre o assunto? No Brasil temos já um movimento consistente sobre o consumo de alimentos crus. Uma boa dica vem para o livro Saúde Frugal, do autor Eduardo Corassa, que em seu site publica vídeos com receitas práticas.

Fontes: [ crudivorismo.com.br ] [ metropoles.com ] [ dietaja.uol.com.br ] [ saudefrugal.blogspot.com.br ]

 

Escalada no Jogos Olímpicos Tóquio 2020

escalada-nas-olimpiadas-de-toquio-2020-paredeSurfe, skate, beisebol, escalada e caratê farão parte do programa olímpico nos Jogos de Tóquio 2020. A inclusão dos cinco esportes foi confirmada por unanimidade pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), durante o congresso da entidade no Rio de Janeiro, dia 03 de agosto de 2016.

A inclusão dos cinco esportes faz parte do pacote de reformas iniciadas pelo presidente do COI, Thomas Bach, em dezembro de 2014. A ideia é que os anfitriões dos Jogos tenham a chance de trazer ao ambiente olímpico esportes que sejam mais populares em seus países, com intenção de aumentar a audiência e atrair potenciais patrocinadores. Porém, a decisão de incluir um ou outro esporte vale apenas para a edição da Olimpíada em questão, não havendo garantia de presença na edição seguinte.

De acordo com o Comitê Tóquio 2020, a inclusão dos novos esportes resultará no acréscimo de mais de 400 atletas em 18 disputas por medalhas nos Jogos Olímpicos. Quando o processo de inclusão de outras modalidades foi aberto, mais de 200 se inscreveram.

escalada-nas-olimpiadas-de-toquio-2020-capaSobre o quinteto escolhido

Nada menos que 26 esportes manifestaram o desejo de participar do programa olímpico em Tóquio e fizeram parte de um processo seletivo que levou em conta não apenas a missão do COI de rejuvenescer a audiência da Olimpíada, mas também os interesses comerciais dos anfitriões japoneses.

O skate, o surfe e a escalada artificial são modalidades ligadas ao público mais jovem, e os dois primeiros são a ponta de lança da indústria dos esportes radicais. O caratê é uma arte marcial inventada no Japão e o beisebol, apesar de um esporte tipicamente americano, tem popularidade absurda no país asiático.

O comitê organizador de Tóquio 2020 aproveitou-se de uma nova regra que permite às cidades-sedes proporem a inclusão de esportes em sua própria competição. Com a exceção do beisebol, que esteve no programa olímpico até 2008, os esportes serão estreantes.

escalada-proposta-olimpica-toquio-2020A competição de Escalada

Inspirada pelo formato adotado no levantamento olímpico (que leva em consideração mais de uma habilidade para premiação) a proposta da Federação Internacional de Escalada Esportiva (IFSC) para o Comitê Olímpico Internacional contempla uma só premiação.

Os atletas serão combinados em três disciplinas, que atualmente já fazem parte da Copa do Mundo e do Campeonato Mundial, mas são realizadas separadamente:

  • Escalada de Dificuldade (Vias guiadas)
  • Escalada de Boulder
  • Escalada de Velocidade

Em outras palavras significa que os escaladores deverão necessariamente participar de cada uma das disciplinas e somar pontos para um ranking. O melhor colocado nesta competição será premiado como o campeão.

O formato de ranking global é utilizado nos dois campeonatos utilizados pelo IFSC, porém agora cada atleta deve pontuar em outra disciplina.

Haverá somente um pódio (1º, 2º e 3º lugar) para categoria masculina e outro para a feminina.

Fontes: Site Globo Esporte/ BBC News / Blog Escalada